Visão de Portugal #67 - New Era in Women's Division

Bem-vindos a mais uma Visão de Portugal!
Devido ao draft e às mudanças que este trouxe, a divisão feminina sofreu muitas alterações. Boas ou más? É isso que irei falar neste artigo.

Decidi começar este artigo falando da separação das lutadoras pelas duas marcas. 

É óbvio que os nomes mais sonantes ficaram no Raw – Sasha Banks, Charlotte e Paige. A inclinação para a marca vermelha foi óbvia. O SmackDown, infelizmente, ficou com menos talento, onde apenas Becky Lynch e Natalya conseguem igualar o estatuto e talento da outra marca.

Carmella e Alexa Bliss mostraram claras melhoras no NXT mas não têm a capacidade de igualar Sasha ou Charlotte dentro de ringue. Eva Marie já mostrou que nunca será boa no que toca a wrestling e que é uma aposta mais que perdida. Naomi tem qualidade mas nunca teve oportunidades e conquistas suficientes, ao contrário de outras que estão lá à menos tempo que ela. Posto isto só temos Lynch e Natalya mas, como é óbvio, duas lutadoras não conseguem dar interesse suficiente àquela divisão.


Já a divisão feminina do Raw está bem entregue. Sasha, Charlotte, Paige, Dana Brooke e Nia Jax têm o que é preciso para que a divisão feminina não perca a relevância e o interesse que tem vindo a ganhar de há uns meses para cá.

A escassez de mulheres no plantel da WWE preocupa-me bastante. A empresa ganharia muito mais em deixar todas as lutadoras no mesmo roster, pelo menos agora no início, isto porque ainda não há ainda membros femininos suficientes para haver uma divisão.

A ideia de haver duas divisões femininas até nem é má. Simplesmente podiam ter esperado e terem feito a divisão apenas quando Nikki Bella, Emma e Tamina voltassem das suas lesões e Bayley subisse ao Main Roster. São mais duas lutadoras para cada lado que, parecendo que não, fazem a diferença.

Prova desta escassez tem sido os combates de Nia Jax desde que veio do NXT. A WWE quer mostrar que ela é imbatível e que destrói todas as suas adversárias, porém, pela falta de talentos na divisão feminina, esta tem que ir derrotando competidoras locais. Se continuar assim por muito tempo irá acontecer o mesmo que aconteceu aos Ascension e perderá toda a relevância que conquistou no NXT.

Até lá tenho receio que a antecipada separação não resulte e que as lutadoras que têm feito de tudo para que se respeite o wrestling feminino vejam o seu trabalho em vão.

Outra vantagem que o Raw tem sobre o SmackDown é o título feminino.

Se não houver um título dificilmente há interesse por parte do público. Basta vermos pelos últimos anos, onde as rivalidades femininas mais relevantes foram todas (ou praticamente todas) pelo título. O Daniel Bryan disse recentemente que o SmackDown ia ter um título feminino, mas que não seria para já. Aí está o problema, é necessário já e não quando a divisão perder totalmente o interesse.

Por mim até podia voltar o Divas Championship ficando como o título da marca azul e o Women’s Championship como o titulo da marca vermelha. Parece o mais simples e o mais indicado para este momento, mas duvido que tal aconteça.

Já o Raw não se pode queixar. Além de ter o título, ainda tem uma excelente campeã. Portanto, apesar da falta de talentos, esta ainda tem o que é preciso para continuar a ser relevante na programação da WWE.

Tudo isto pode funcionar, basta melhorar os aspetos falados neste artigo.

Se tenho esperança que futuramente a WWE irá ter duas boas divisões femininas? Claro, por
que não? Esta é uma Nova Era e não sabemos se Vince, Stephanie e Triple H querem apostar verdadeiramente no wrestling feminino.

Pelo que tenho visto tudo aponta para um futuro risonho. Até agora tivemos um começo bem aceitável, agora é só melhorar o que há para melhorar.

Tenham uma boa semana, até à próxima Visão de Portugal!

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